CMCOCULAR - OFTALMOLOGIA - AVENIDA PAULISTA / BELA VISTA, SP
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Quinta, 15 de agosto de 2019
A transmissão do sarampo durante a gravidez pela placenta pode cegar o bebê. Isso porque o bebê nasce com catarata congênita, doença que responde por 4 em cada 10 casos de perda da visão na infância. Nos primeiros meses de vida, a doença pode causar lesões na córnea e outros problemas.
Por esta razão, mulheres em idade fértil que nunca tiveram sarampo ou que não sabem se foram imunizadas nos primeiros anos de vida e adultos que não tomaram a vacina devem procurar pela imunização e tomar as duas doses de vacina no intervalo de um mês. Quem já passou dos 50 anos não precisa ser vacinado porque a maioria das pessoas nesta faixa etária já teve sarampo e por isso é imune à doença.
A catarata congênita
Entre crianças ou idosos as características da catarata são idênticas: o cristalino do olho fica opaco e impede que as imagens cheguem à retina, levando à cegueira se não for tratada. A diferença é que no caso da catarata congênita a visão está em desenvolvimento. Por isso a falta de diagnóstico logo no início da vida pode acarretar outras doenças. Uma delas é a ambliopia ou olho preguiçoso que acontece quando só um olho é atingido pela catarata. Neste caso, o esforço visual para enxergar com o olho de melhor visão anula o desenvolvimento do outro. Outras alterações na visão que podem ser causa da catarata congênita são: nistagmo (movimentos não coordenados dos olhos), estrabismo (desalinhamento dos olhos), fotofobia (aversão à luz) e dificuldade de fixação do olhos.
Tratamento
A única forma de tratar a catarata congênita é a cirurgia com implante de uma lente intraocular que substitui o cristalino opaco, e o procedimento só deve ser feito quando o bebê completa três meses. Isso porque proporciona melhor recuperação da função visual e pode induzir ao glaucoma se for realizado antes. É necessário estimular o desenvolvimento da visão e ter acompanhamento com um oftalmologista a cada três meses após a cirurgia.
Lesão na córnea
O sarampo contraído antes de tomar a primeira dose da vacina pode causar lesões na córnea e, em alguns casos, requer transplante para garantir a recuperação da visão. A dica para evitar sequelas mais graves nos bebês é manter atenção sobre os sintomas típicos do sarampo: manchas brancas na mucosa da boca, tosse, coriza, febre alta e manchas vermelhas no rosto, atrás da orelha e no tronco. Bebês com estes sintomas e com diagnóstico de sarampo confirmado devem ter acompanhamento de um oftalmologista.
Prevenção entre gestantes
O único remédio para sarampo é a vacina. As medidas preventivas para gestantes se protegerem da doença durante a gravidez são:
· Lavar as mãos com frequência com água e sabão, ou então utilizar álcool em gel.
· Não compartilhar copos, talheres e alimentos.
· Procurar não levar as mãos à boca ou aos olhos.
· Sempre que possível evitar aglomerações ou locais pouco arejados.
· Manter os ambientes frequentados, sempre limpos e ventilados.
· Evitar contato próximo com pessoas doentes.
· Proteger a boca e o nariz quando espirrar ou tossir.
Fonte: Instituto Penido Burnier