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Doenças crônicas alteram seus olhos

Pesquisa do Ministério da Saúde aponta aumento de três doenças crônicas que alteram a saúde dos olhos.

Terça, 05 de julho de 2022


A pesquisa Vigitel 2021 divulgada em abril pelo Ministério da Saúde, uma iniciativa anual que visa estabelecer no País políticas de saúde pública baseadas em evidências, mostra aumento no ano passado do sobrepeso, hipertensão arterial e diabetes entre brasileiros. O levantamento indica que a população deve estar mais atenta à estas doenças crônicas e fazer exames oftalmológicos anuais. Isso porque, estas alterações podem causar graves danos à visão.

Sobrepeso e obesidade

O isolamento e o maior sedentarismo na pandemia explicam o resultado da Vigitel 2021. Para se ter ideia, 48% dos 27.093 participantes com 18 anos ou mais, não exerceram atividade física suficiente durante o ano todo. Entre mulheres o sedentarismo atingiu 55,7% e entre homens 39,3%. Resultado: 57,25% dos entrevistados estão com sobrepeso ante 42,74% na primeira edição da Vigitel em 2016. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é manter o Índice de Massa Corpórea (IMC) abaixo de 25. O sobrepeso corresponde ao IMC entre 25 e 29,9. A obesidade ao IMC igual a 30 ou maior.

O sobrepeso diminui a capacidade do nosso organismo combater os radicais livres, substâncias formadas pelo oxigênio, que dificultam a regeneração das células. O aumento dos radicais livres danifica as células da retina sensíveis à luz. Por isso, dobra-se o risco de contrair degeneração macular seca. A doença é irreversível e reduz a visão em 90%. Outro efeito do excesso de radicais livres é antecipar a formação da catarata nos maiores de 50 anos. A doença torna opaco o nosso cristalino, lente interna do olho.

Pessoas com IMC superior a 30, que representavam 20,27% da população adulta em 2019, passaram para 21,55% em 2020 e 22,35% em 2021, têm mais chance de ter alterações na circulação. Por isso o risco de oclusão da veia central da retina ou de seus ramos que causa cegueira permanente é quatro vezes maior. Essa alteração ocorre quando a pessoa tem elevação do colesterol na corrente sanguínea, o que pode provocar o espessamento e enrijecimento das artérias da retina. Isso resulta na obstrução da veia central ou de seus ramos e no extravasamento do sangue que dificulta a visão.

Diabetes

Os relatórios da pesquisa mostram que o diabetes saltou de 5,66% em 2016 para 7,14% em 2019 e 9,14% no ano passado. A doença dobra o risco de se desenvolver catarata, e em 10 anos surge a retinopatia diabética, que pode causar cegueira irreversível. Estudos demonstram que as pessoas com IMC acima de 30 têm 10 vezes mais chance de contrair diabetes do tipo 2, e para IMC superior a 35 o risco aumenta 80 vezes. Após 10 anos de diabetes, a maioria das pessoas desenvolve retinopatia diabética. A doença é caracterizada pela formação de neovasos que dificultam a nutrição da retina.

Retinopatia por hipertensão arterial

A Vigitel mostra que no ano passado a hipertensão arterial aumentou 20% entre os brasileiros em idade adulta. Pessoas acima do peso tem maior propensão à hipertensão arterial, que também altera os vasos da retina. Esta alteração é conhecida como retinopatia por hipertensão arterial. Resulta do descontrole da pressão que pode causar vazamento nos vasos e cegar.

A maioria das doenças oculares passa despercebida nos estágios iniciais. Por isso, a recomendação é consultar o oftalmologista regularmente, para prevenção e possíveis tratamentos. Embora as pessoas acima do peso tenham maior propensão às alterações sistêmicas que causam doenças na retina, alguns problemas também ocorrem em quem tem baixo peso. Por isso, os exames periódicos são indicados para todos.

Fonte: Portal da Oftalomolgia


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