CMCOCULAR - OFTALMOLOGIA - AVENIDA PAULISTA / BELA VISTA, SP
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Quinta, 17 de setembro de 2020
Especialistas recomendam que o acompanhamento oftalmológico comece já no nascimento, com exames e avaliações anuais. Hoje, a estimativa é que até 50% das crianças tenham dificuldade para ver de longe, e outras 20% para ver de perto. E até 90% das pessoas com síndrome de Down podem necessitar do uso de óculos.
Outros desvios recorrentes são:
- Estrabismo (desvio ocular): acomete cerca de 38% das crianças com síndrome de Down;
- Nistagmo: são pequenos movimentos involuntários dos olhos. O tratamento é feito com uso de óculos e tampão, quando necessário;
- Catarata: em geral é congênita – a criança nasce com ela. O diagnóstico é feito por meio da avaliação do Reflexo Vermelho do bebê (“Teste do Olhinho”), já na maternidade. Neste caso, o tratamento é cirúrgico e precisa ser feito imediatamente, para permitir o desenvolvimento visual da criança.
- Blefarite: É uma inflamação que afeta a pálpebra, junto aos cílios, provocando coceira e vermelhidão ocular. Em casos mais severos, o tratamento é feito com colírios antibióticos ou com corticoide;
- Conjuntivite e Obstrução do canal lacrimal: o canal da lágrima tende a ser mais estreito já que, devido à maior frequência de infecções de nariz e garganta nesses pacientes, a drenagem fica bloqueada com facilidade. Isso leva os olhos a lacrimejarem, o que aumenta o risco de infecções. O tratamento é feito com sondagem.
Os pais podem ficar atentos a alguns sinais para entender que é hora de uma consulta:
- Alteração de comportamento;
- Olhar não fixa nas pessoas e objetos;
- Esbarra em móveis;
- Desvio ocular (estrabismo)
Ceratocone e a síndrome de Down
Apesar de ser raro na infância, o ceratocone pode se manifestar durante a adolescência e afeta entre 10 e 15% dos adultos com a síndrome de Down. Essa doença consiste no afinamento de uma parte da córnea. Este afinamento provoca um aumento na curvatura, resultando na queda da qualidade da visão e na distorção da imagem. O tratamento inclui uso de óculos e lentes de contato rígidas.
Outro ponto importante é que existe uma relação comprovada entre ceratocone e o ato de coçar e apertar os olhos de maneira inadequada. Isso porque, quando coçamos os olhos, o movimento quebra mecanicamente estruturas da córnea, que afina e se curva. No início da doença, a pessoa pode não sentir nada, por isso o diagnóstico acaba sendo tardio.
Fonte: Portal da oftalmologia