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Miopia no Brasil pode ultrapassar previsão da OMS

A estimativa da Organização Mundial da Saúde é de que entre 2020 e 2050 a alta miopia cresça 89% no Brasil, e 49% no restante do mundo.

Quinta, 20 de agosto de 2020


A pandemia de coronavírus pode estar fazendo o Brasil superar a estimativa. Para se ter ideia, divulgação da secretaria de saúde de Brasília mostra que os atendimentos de crianças com miopia na rede pública hospitalar aumentaram 39% neste período. Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier, este aumento está relacionado a muitas horas com os olhos grudados em telas digitais. Isso porque, um levantamento feito pelo médico no hospital com 360 crianças mostra que o uso de celular e outras tecnologias por horas ininterruptas provoca miopia acomodativa, uma dificuldade temporária de enxergar à distância. Outra causa apontada pelo oftalmologista é a falta de exposição ao sol. Isso porque, um estudo inglês realizado com 3 mil adolescentes revela a prevalência 25% menor de miopia entre os que ficam mais tempo ao ar livre.

Os vícios de refração - miopia, hipermetropia e astigmatismo - sem correção respondem por mais de 50% das deficiências visuais no Brasil segundo a OMS. Em parte, a falta de correção está relacionada à ausência de acompanhamento médico e em parte à vaidade. Os prontuários do hospital mostram que 4 em cada 10 mulheres não gostam de usar óculos.

A cirurgia

O oftalmologista afirma que o laser pode corrigir graus leves e moderados de vícios refrativos, remodelando a córnea. Nos últimos anos a precisão do laser evoluiu muito e a técnica se tornou menos invasiva. A evolução do laser e a estabilidade do grau dos pacientes antes da cirurgia permitem que não fiquem com algum grau residual. O laser, no entanto, só é indicado para quem tem boa espessura de córnea, mais de 21 anos e, como já citado, estabilidade de grau.

Anvisa aprova novo implante para altos míopes

Uma boa notícia é que a ANVISA recentemente aprovou uma nova lente intraocular que é implantada no olho sem a retirada do cristalino. O implante corrige até 20 graus de miopia, 10 de hipermetropia e 6 de astigmatismo. A lente é implantada entre a íris, parte colorida do olho e o cristalino. Há evidências de que pode reduzir a cegueira causada por descolamento da retina mais frequente na alta miopia. Uma revisão dos estudos nessa área mostra que este implante é mais seguro que usar lente de contato. Existem alguns requisitos para a realização do procedimento, por isso é essencial um bom acompanhamento com o oftalmologista previamente.

Fonte: Universo Visual


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